Viver até quando, eis a questão!

Um dia você e eu éramos apenas minúsculos embriões protegidos no confortável ventre materno de nossas mães, e mesmo com esta proteção divina, ainda assim, corríamos riscos.
O majestoso fato de nascer significa que você superou a mortalidade fetal, e ao completar um mês de vida você sobreviveu a terrível mortalidade neonatal.
Para alguns pode parecer pura neurose, mas sabe aquela agonia dos pais, especialmente os de primeira viagem , que os fazem despertarem no meio da noite silenciosa e correrem  até o local em que seus bebês dormem e se aproximam para sentir a respiração? Ufa... Está apenas dormindo!
Pois é, tanta aflição tem justificativa, a mortalidade neonatal  é nada mais nada menos responsável por 70% da mortalidade infantil do país.
Ao longo da vida, a probabilidade de morte e expectativa  de vida se alteram.
As patologias que seriam fatais para uma criança com menos de  um ano podem  não apresentar riscos para uma criança de cinco anos.
Da mesma forma, o risco de sofrer um enfarte culminante é muito baixo para  jovens de vinte anos, já para a faixa etária de quarenta anos  o risco passa a ser maior.
Como dizem por aí, a única certeza que temos da vida é que um dia vamos morrer.
Prever quando este fato irá se concretizar é o desejo de muitos de nós.
E como a VIDA é um bem passível de perda, os atuários também se meteram nesta história.
Por meio de funções biométricas, que à primeira vista podem aterrorizar, é possível estimar  probabilidades de morte e sobrevivência, e consequentemente a nossa expectativa de vida.
Para nós brasileiros, por exemplo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apurou com dados de 2011 que  nossa  expectativa de vida ao nascer é 74,1 anos. Historicamente, este dado representa a manutenção da progressão da esperança de vida ao nascer do brasileiro. Para se ter uma ideia, em 1980 a nossa expectativa de vida ao nascer era 62,5 anos.
Significa dizer, um bebê  nascido em 2011 apresentou uma expectativa de vida  11,6 anos maior que um bebê  que veio ao mundo em 1980.
Voltando aos cálculos, caso você não conheça a fórmula da expectativa de vida, não se assuste ao se deparar com a seguinte equação:
Para que você conheça as principais Tábuas Biométricas e suas respectivas estimativas utilizadas em cálculos atuariais, montei rapidamente um simulador  em Excel , assim os mais curiosos podem checar  as principais probabilidades de morte e sobrevivência e efetuar o comparativo destes dados nas diversas tabelas.


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